13 de setembro de 2013

E o iPhone de baixo custo não é tão de baixo custo assim...

No dia 10 a Apple revelou ao mundo a sua nova (?) linha de iPhones, seu principal produto atualmente. Numa keynote digna de pena, corrida demais, pouco interessante e sem roteiro definido, foram demonstrados os novos aparelhos e seus novos recursos.

Nem pretendo comentar muito aqui sobre hardwares, recursos e novidades - poucas diga-se. Gostaria de comentar a estratégia por trás do iPhone 5C, o tão esperado aparelho de "baixo custo". O iPhone 5C só é mais barato para a Apple produzir portanto mais barato para a linha de produção aumentando a margem de lucro da empresa de Cupertino.


Na versão dele com 32 GB paga-se US$ 199,00, mesmo valor para o iPhone 5S de 16 GB. Só aí já podemos tirar uma conclusão: o 5C está focando em outro público alvo que não era atingido até então pela maçã: o público mais jovem. Os iPhones sempre foram bastante sisudos, tiozão, sóbrios demais. Essa nova leva tem a cara que os adolescentes atuais querem. Cores!

iPhones 5C - claramente inspirados no Restart

Por dentro ele é um iPhone 5 com baseband atualizada (chip responsável pela função de telefone do aparelho e as especificações desse componente é que ditam em quais redes - 2G, 3G ou 4G - ele será compatível) e bateria de maior duração. Por si só já é uma justificativa para tirar a sexta geração do aparelho do mercado. Permanecer com o 4S na linha, com 8 GB "de graça" no contrato de dois anos me parece muito sensato se tratarmos o histórico da Apple. Este aparelho sim tem a árdua tarefa de deter o crescimento dos Androids por aí. Não vai ser fácil levando em consideração que há aparelhos com o sistema do robô verde por aí custando US$ 49 sem contrato algum. Não vou discutir qualidade nesse momento.

Na minha opinião a Apple se posicionou da seguinte forma: os iPhones 5S serão os topo de linha, aparelhos que trouxeram os novos recursos (CPU A7, processador de sensores M7, sensor da câmera melhorado, leitor biométrico) para os clientes A, os 5C (hardwares baseados no 5) para o público mais jovem, porém ainda da classe A e o de "entrada" 4S para os clientes B. Sobrou as classes C, D e E que terão que se contentar com os subsídios das operadoras e parcelamentos longínquos para conseguir ter um telefone que carrega uma maçã mordida desenhada nas costas.

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