13 de julho de 2009

Redes sem fio: a facilidade pode virar dor de cabeça!

Amigos, quem nunca pensou em montar uma rede sem fios para se livrar daquele monte de cabos de rede passando pelos cantos dos cômodos da sua casa?

O blogueiro que aqui está não só pensou como fez. Basta um roteador wifi. Seus problemas se acabaram?

Na verdade não. Como nada na vida é simples, problemas podem ocorrer. Não estou me referindo à segurança dos dados porque isso já foi amplamente discutido na internet. Criaram criptografia de dados (WEP, WPA, WPA2) e até filtros por MAC Address para impedir a bisbilhotice alheia na sua rede. Quando digo que problemas podem ocorrer, me refiro ao espectro. As redes sem fio trabalham em faixas de frequência que "não" são reguladas pela ANATEL.

Quando compramos qualquer aparelho sem fio nacinal (ou melhor, nacionalizado) ele traz um selo da ANATEL que informa mais ou menos isso: "este aparelho não deve causar interferências em outros aparelhos e este aparelho pode sofrer interferências de outros aparelhos". Mas pensem comigo: se ele não pode causar interferência, outros também não poderiam! O problema é que existem classes de aparelhos. E os equipamentos sem fio dedicados para uso doméstico são os da classe mais baixa, isso quer dizer, podem sofrer interferência causada por aparelhos de classe mais alta e de classe baixa também!

Pode simplesmente acontecer com qualquer um de nós o seguinte fato: nossa rede sem fio ficar indisponível ou então muito lenta sem uma explicação aparente. Vou relatar uma experiência que ocorreu comigo, há uns dois meses...

Minha digníssima decidiu que queria um telefone sem fio com identificador de chamadas. Nada mau. Pesquisamos na internet e escolhemos o modelo que melhor nos atendia (e que cabia no nosso orçamento). Fomos até a loja e efetuamos a compra.

Eu cheguei em casa, instalei o bichinho, deixei carregando e fiz alguns testes para saber se tudo estava em ordem. Ótimo. Comecei a reparar, logicamente depois de algum tempo, que minha rede sem fio estava caindo com frequência. Achei que minha placa wifi do notebook estava partindo dessa para uma melhor. Qual não foi a surpresa ao receber a informação da minha esposa que sua conexão também estava caindo. Surpresa boa e ruim, porque se não era a minha placa wifi, era o roteador, recém terminada a garantia.

Depois de alguns dias de fuça-fuça, percebi que o problema somente acontecia quando usava o telefone. Foi quando o blogueiro olhou para o aparelho e nota a seguinte marca no monofone: "2,4 GHz". Para resolver o problema, troquei a rede sem fio de canal. estava usando o canal 1 (frequência mais baixa na faixa de 2,4 GHz) pelo canal 13 (quase a frequência mais alta da mesma faixa). O telefone sem fio não trazia a informação de qual canal estava usando e como minha rede usava o canal 1, fui para o mais alto que placas wifi suportavam. O grande problema que aconteceu foi que o roteador e muito menos o telefone tinham função de auto-ajuste de frequência em caso de ocupação do espectro.

Isso é muito comum. A maioria dos equipamentos simplesmente não fazem isso. Você, caro leitor, deverá ter cuidado no momento de comprar equipamentos sem fio para não ter problemas. Eu tive sorte, só isso. Mas agora não posso ter mais nada na referida faixa de frequência. E tenho que torcer para que meus vizinhos mais próximos não usem nada nessa faixa também.

E quanto àquele selinho da ANATEL? Trata-se de uma mera formalidade somente para informar aos brasileiros de que aquele aparelho entrou no país de forma oficial. Porque se fizessem testes de verdade, o meu telefone jamais teria um selo que informa a impossibilidade de causar interferência em outros equipamentos.

9 de julho de 2009

Netbooks: tendência ou moda passageira?

Durante o último ano eu presenciei um movimento bastante interessante: alguns amigos e colegas de trabalho trocaram seus notebooks por netbooks.

Para definir: segundo a Microsoft, um netbook (ou UMPC - ultra mobile PC - PC ultra móvel) é um computador móvel com tela até 10,2 polegadas, processador de baixo consumo de energia, rede wireless (wifi), autonomia de bateria superior a 3 horas e baixo custo (o que seria baixo custo para a Microsoft?). Porque usei a definição da Microsoft apesar dela mesma somente apoiar estes aparelhos muito tempo depois do surgimento? Simples: foi a única empresa que decidiu definir esses aparelhos por motivos comerciais que envolvem o licenciamento do Windows (curiosidade: o Windows XP Home Edition está saindo para os fabricantes de netbooks por 15 dólares! - só a Microsoft para ganhar dinheiro com um produto que já saiu de linha).

Num primeiro momento eu simplesmente não consegui entender como alguém com um mínimo de sanidade trocaria uma tela grande e confortável por uma pequena tela de 7 polegadas. Sem falar no ínfimo espaço em disco (na verdade não eram discos, mas SSDs - solid state disks - discos de estado sólido, ou seja, cartões de memória super nutridos) que mal dava para ter o sistema operacional instalado.

O que o ignorante blogueiro que aqui está não havia notado é que aquelas pessoas não estavam preocupadas com desempenho invejável ou com a possibilidade de ter toda a áudioteca do Michael Jackson junto de si. Estas pessoas estavam interessadas em ter um meio de acessar a internet, de forma realmente móvel, coisa que os telefones celulares ainda não conseguiram fazer de forma satisfatória. E esses bichinhos tem uma duração de bateria invejável. Ficar cinco horas conectado à internet - sem fios - é uma proeza!

Hoje temos modelos muito bons, quase comparáveis à notebooks normais. Processadores "potentes", telas de 10 polegadas, discos (agora sim, convencionais) de 120 GB pra lá. Bateria com boa autonomia (alguns desses pequenos notáveis chegam a 4 horas, como o Positivo Mobo White) que nos fazem pensar até em aposentar os notebooks. O tamanho e a forma de fabricação ultra compacta não permite colocar um leitor de DVD nesses brinquedos, uma pena pelo menos por enquanto. Mas nada que um drive USB externo não resolva.

Eu, depois de me despir da ignorância inicial, até comprei um, para uso profissional quando fora de casa. Achei que seria uma maquininha quebra galho por causa da baixa performance. Quando liguei o meu pela primeira vez percebi que de baixa a performance não tinha nada. Ainda estou tentando entender como o meu netbook, com processador Intel Atom de 1,6GHz consegue carregar o Windows XP tão rápido quanto o meu notebook, um Core 2 Duo (que tem 2GB de RAM - o dobro de RAM que o netbook - e com HD de 7200 RPM - o do netbook é de 5400 RPM). Não pretendo filosofar sobre o fato. O que pretendo dizer é que o netbook acabou transformando-se no meu PC principal. Somente uso o notebook quando preciso ler ou gravar mídias óticas e para ver fotos (coisa que na tela de 10 polegadas no netbook fica desconfortável).

Lembram da pergunta título do post? Minha humilde resposta é: tendência. O leitor deve estar se perguntando: na opinião do blogueiro, pra que serve um notebook então? Eu acredito que a tendência é do notebook substituir o desktop. Notebooks consomem menos energia, ocupam menos espaço, não irão sofrer com quedas de energia devido a ter uma bateria que o sustentará por aproximadamente 2 horas, estão com preços compatíveis a desktops e devido à sua popularização já é possível encontrar vários tipos de acessórios no formato Express Card. Eu acredito que os desktops irão ocupar apenas o espaço profissional, aqueles que precisam realmente de um hardware muito específico, que exija uma montagem personalizada.

Mudança no formato dos Feeds

Amigos,

Como irei voltar a postar com frequência, andei pensando como iria tratar os feeds. Pensei em desabilitar o recurso, mas isso seria radical demais. Também não dava pra deixar o post completo nos feeds... assim ninguém visitaria a página. Decidi então deixar apenas uma sinopse do post nos feeds.

Acho que todos concordam que visitas em um blog é como torcida em jogo de futebol: só tem graça se comparecer!

Para assinar o feed do "Tecnologia dia-a-dia" basta colocar o endereço http://tecnologiadiaadia.blogspot.com/feeds/posts/default?alt=rss no seu leitor de feeds.

Longo tempo de descanço... e um esboço de retorno

Há quanto tempo!

E bota muito tempo...

Mais de dois anos. Olha que assunto nesse período não faltou. O que faltou foi dedicação e tempo (tá bom, tempo não faltou tanto assim). Muita coisa mudou nesse período. A faculdade quase acabada (mas trancada), um casamento (não tão casamento, mas como dizem por aí "amigado em fé casado é"), novo endereço...

Tenho que admitir: rolou bastante preguiça. Às vezes eu até poderia "blogar" mas a prática do ócio não deixava mover os dedos sobre o teclado, transcrevendo as idéias que brotavam no meu cérebro. Este último, pelo menos, é o único componente do meu corpo que não deixou de trabalhar durante todo esse tempo. Ainda bem.

Com alguns quilos a mais e menos prática de digitação do que antes, deitado na rede da minha varanda, percebi que tinha tudo o que precisava para recomeçar a blogar. Foi só ligar o notebook e começar a escrever.

Pensei em escrever sobre uma nova (em tempo: não tão nova assim) tendência que veio: netbooks. Desisti. Acho que o leitor merecia um texto de "bem-vindo denovo".

Ainda continuo com a premissa de tentar trazer assuntos ligados à tecnologia. Pretendo não me ater unicamente a eles, mas sempre que possível dar uma passada ou associar um assunto com a área de tecnologia.

Peço desculpas pela demora para voltar. Mas nunca é tarde para recomeçar.

Abraços e até logo (logo mesmo!)