30 de setembro de 2010

Sony versus Microsoft (PS3 versus XBOX360) é o mesmo que Update versus Service Pack

Amigos leitores,
Hoje o post que trago é um pouco diferente porque não foi editado por mim. Quem escreve o post é um amigo, o Marcos César, que já fez parte da equipe do “Tecnologia dia-a-dia”. Ele vem enfrentando um martírio e eu decidi abrir o espaço para que ele pudesse falar sobre o seu caso.
Observe que as opiniões aqui expressas são de responsabilidade do autor do texto. Para quem quiser conhecer um pouco mais do Marcos, pode visitar ele em O Brasilista.
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As duas empresas investem pesado em tecnologia, mas uma tem muita experiência em hardware e a outra em software. Nem preciso dizer quem é quem. A Microsoft por falta de experiência em hardware fez seus consumidores sofrerem muito com os primeiros consoles com problema de aquecimento, não que o PS3 não apresentasse problemas também, mas o XBOX360 era muito freqüente os casos. Tanto que muitos suportes paralelos surgiram fazendo nova soldagem das memórias e etc.. No exterior ocorreram muitos recalls por conta dessa falha de hardware.
O Hardware é meio ingrato porque só pode ser resolvido com a troca daquilo que está defeituoso.
A Sony tem muito menos problemas de Hardware, mas os seus consumidores sofrem muito com os engenheiros de software e sistemas desta empresa. Atualmente (final de setembro de 2010) temos a versão de Update 3.50 que promete novas funcionalidades, a principal delas é a reprodução de mídias bluray em 3D.
Eis o momento de diferenciar Update de Service Pack. A Sony gera novos Updates, mas não consegue efetuar bem as correções, pois, update é deixar o sistema atualizado para novas tarefas e funcionalidades. Service Pack corrige falhas de sistema. Também existe Hotfix e etc, mas vamos nos deter a esses dois termos.
Vou relatar minha experiência com o PS3. No inicio de 2010 comprei um PS3 importado com a versão 3.22 de firmware. Liguei no meu sistema Sony de Home Theater DDW-7000, conhecido com Muteki. Tudo era alegria, afinal eu tinha um videogame/bluray player de 7.2 em um Home Theater 7.2. Daí surgiu um update que entre outras novas funções tornava possíveis jogos em 3D, apesar de não estar em uso tal funcionalidade, as demais que foram implementadas funcionaram bem.  Mais um tempo passou e surgiu o update 3.40 em Junho de 2010 e começou minha tristeza. A versão 3.40, através do protocolo HDCP (High Definition Copy Protection) passou a não reconhecer o Home Theater da própria Sony e por isso, pela “desconfiança” do protocolo, simplesmente passou a inibir vídeo e áudio da saída HDMI quando exibindo jogos e filmes através do Muteki (conclusão minha depois de minhas pesquisas).
Entrei em contato com o suporte da Sony do Brasil, mas naquele momento não tínhamos PS3 nacional e o meu é importado. Fiquei entregue a minha própria sorte.
Em Julho de 2010 surgiu a versão 3.41, sem ter o que perder fiz a atualização, eis que o problema de inibir some e fico mais feliz até jogar Guitar Hero 5 onde os gráficos dos personagens foram substituídos por uma gráfico de ondas de som, ou seja, perdi a funcionalidade de um jogo. Depois surgiu o update 3.42 que resolveu o problema do Guitar Hero 5, mas voltei a ter problema com o Muteki. Surge agora o Update 3.50 que oferece suporte a reprodução 3D de filmes e tira o acesso de joysticks não oficiais Sony, o que incomodou muita gente (eu,particularmente, só uso produtos PS3 Sony).
Eu estou muito incomodado porque tenho um PS3 (Sony) com um Home Theater DDW-7000 (Sony) que por uma falha de programação da Sony pararam de se comunicar. Eu entendo o lado da Sony de tirar o suporte de produtos não-Sony, mas como explicar tirar suporte de um produto Sony?
Entrei em contato com a Sony do Brasil e fiz o seguinte questionamento técnico: “Se eu comprar um PS3 Nacional vou poder tê-lo atualizado sem problemas com o Muteki?”
Pasmem, o suporte nacional não garante as funcionalidades pós-atualização oficial mesmo que o PS3 seja também nacional. Um vexame!
Eu era muito crítico da Microsoft por conta das falhas do Windows, mas temos que entender que o Windows é pau para toda obra, que quero dizer que qualquer máquina atual ele tem que atender. O MAC OS só roda em máquina produzidas pela Apple, um cenário bem diferente. O Sistema que roda no XBOX360 é Microsoft e quase não apresenta problema de software.
A Sony só tem uma plataforma atualmente, a PS3. Não é admissível ela falhar tanto. O que agrava a situação é ida e vinda do mesmo problema, sendo o problema relativo a um dispositivo topo de linha da mesma empresa!
Eu estou aguardando uma solução definitiva. Se não surgir, vou zerar meus ótimos conceitos sobre a Sony. Entre uma empresa e outra eu dou os parabéns para LG pelo ótimo custo/benefício, pois minha TV LG recebe o sinal 5.1 do PS3 via HDMI e coloca pela saída ótica os mesmos 5.1 para o Muteki, corrigindo o problema conforme as possibilidades, afinal, o protocolo S/PDIF (Sony / Philips Digital Interface) só permite canais em até 5.1. Por enquanto estou perdendo dois canais do meu sistema.
Não sei se toda TV oferece essa possibilidade, mas é o paliativo para o problema de conflito da Sony com ela mesma.
Como a Sony é japonesa, acho que está faltando Samurai na Engenharia de Software deles.
Marcos César
Técnico em Eletrônica.

3 de agosto de 2010

A polêmica do iPhone 4

Eu demorei a comentar o caso aqui. E tem explicação: eu precisava ver o problema acontecer no Brasil. E depois dos testes do site Blog do iPhone eu não ví. Estranho.

O amigo leitor que ainda não sabe da confusão em torno do iPhone 4 não deve estar entendendo nada. Eu explico: o iPhone 4, aparelho da Apple mais aguardado desde o lançamento da linha em 2007 não poderia ser usado com a mão esquerda. Como assim? Toda vez que o usuário segura o aparelho com a mão esquerda o iPhone 4 fica sem sinal!

A Apple seria preconceituosa com os canhotos? É claro que não. A explicação está no design do aparelho. A antena do iPhone 4 é externa. A antena é aquela barrinha metálica que envolve o aparelho. O lado direito do aparelho é destinado para ser a antena do Bluetooth e do Wifi. Já o lado esquerdo é destinado para ser a antena do telefone em si. Como diria minha mãe, até aí morreu Neves. O problema é que quando encostamos na antena, diminuímos a sua eficácia e assim a recepção de sinal fica comprometida. Quando o seguramos com a mão esquerda, tocamos com a maior parte da mão o lado esquerdo o aparelho, interrompendo (ou não) a sua recepção de sinal.

Trata-se de um problema. Antenas externas sempre foram um ponto fraco em vários aparelhos e no iPhone 4 não é diferente. Só que, depois dos testes, posso afirmar (é claro que sem certeza absoluta, é uma conclusão pessoal) que a culpa não é só da Apple. Vamos analizar a situação:

O iPhone 4 é vendido nos Estados Unidos com exclusividade pela AT&T. Neste ponto é que temos os problemas. A AT&T é a antiga Cingular e ainda mantém o “ranso” do nome anteiror: é muito ruim de sinal. O sinal da AT&T é muito fraco devido ao posicionamento das antenas de transmissão no limite da sua capacidade. Para explicar melhor: se o sinal de uma antena de transmissão se propaga, por exemplo, até 1 KM de distância a próxima antena de transmissão deve estar a no máximo 2 KM de distância da primeira, em teoria e considerando que esta segunda antena de transmissão é igual a primeira. Esse é o caso da AT&T. Note que estou falando de mundo ideal, aquele no qual não existem interferências nem barreiras para o sinal.

Quem estiver a 300 metros de uma das duas antenas terá um bom sinal. Quem estiver a 1 KM das duas antenas (ou seja, entre uma e outra) terá um sinal muito fraco (chama-se atenuado), portanto a possibilidade de receber o sinal por parte do seu aparelho é muito menor que o aparelho do usuário a 300 metros de uma das antenas. Mas ele receberá sinal e poderá efetuar ligações.

Agora vamos para o iPhone 4. Como a antena é externa e quando tocamos na antena nós atenuamos o sinal, se o usuário desse iPhone 4 estiver na condição de 1 KM de distância das antenas ele pode não ter sinal porque além de atenuado devido a distância esse sinal será atenuado pela nossa mão encostando na antena. Some-se a isso a forma equivocada que a Apple usava para informar a potência do sinal e pronto: pessoas que alegavam ver 5 barras de sinal (quando deveriam ver no máximo duas ou três barras) ao segurar o iPhone 4 nessa condição ficam sem sinal nenhum.

Aqui no Brasil o problema não se repetiu. Porquê? A resposta é simples. Já repararam que raramente nosos telefones ficam com pouco sinal? É porque, por aqui, as antenas são dispostas de forma melhor. Isso não quer dizer que nossas operadoras são melhores do que as dos outros países. É porque aqui a concorrência é muito maior e nosso povo tem poder aquisitivo menor. Isso pode-se perceber devido ao grande número de celulares pré-pago. E para servir de diferencial na conquista do cliente as operadoras dizem que possuem a “melhor cobertura”.

Isso não quer dizer que quando você estiver com seu iPhone 4 num local com sinal fraco o “death grip” (pegada da morte) não vai acontecer. Vai sim! Só que será muito menos perceptível por aqui.

Não sou contra o iPhone 4 e, depois de ler sobre estes testes, não desaconcelho a compra. Ele vai funcionar muito bem por aqui. Só que o usuário precisa saber desses detalhes. Não quer ter dor de cabeça? Compre uma capinha e seja feliz!

27 de maio de 2010

Quem diria? A Apple vale mais do que a Microsoft

Essa é uma notícia que eu jamais pensei em comentar, mas é verdade. Como uma fênix, a Apple saiu da falência para assumir o posto de empresa de tecnologia mais valorizada do planeta. Tudo bem que a diferença de valor é de "apenas" 3 bilhões de dólares e que esta "pequena" margem pode ser batida a qualquer momento, mas o que importa aqui não é o posto atualmente ocupado pela Apple.

Como eu comentei acima, a Apple estava falida em 1997. Jobs voltou para a empresa que havia fundado depois que a Apple comprou a Next, segunda empresa de Jobs. Interessante é que, com o retorno de Jobs, ele trouxe um investimento de 150 bilhões vindo da... Microsoft! Logicamente que o Bill queria um retorno desse dinheiro porém eu acredito que ele não imaginava que a empresa que ele estava investindo seria a principal rival da sua própria empresa. E que rival!

Nos últimos 10 anos, a Apple multiplicou por 10 o seu valor e a Microsoft viu seu valor cair 4/5 . Isso se deve ao talento nato de Jobs para os negócios. Logo que voltou para a Apple ele começou uma reformulação nos negócios. Em 2001 lançou o iPod, um tocador de música e na mesma tacada inaugurou a iTunes Store, loja especializada em venda de música online. Estes produtos se tornaram o maior sucesso comercial da Apple.

Logo em 2007 foi lançado o iPhone (comentado no meu blog aqui) e na época até mesmo eu duvidava do seu potencial. Outro sucesso. Agora vem o tal do iPad, que na minha visão parece um iPod Touch de tela grande! Vamos ver o que o futuro reserva para o iPad...

A relevância do fato do valor da Apple ultrapassar o da Microsoft para meu post é: o que uma boa administração é capaz de fazer! Ponto para o Jobs!

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5 de maio de 2010

Pendrive de 256 GB? Eu só queria guardar um arquivo do Word...

É claro que o título trata-se de uma brincadeira. Mas a brincadeira vem depois do ponto de interrogação. O que está escrito antes é a mais pura verdade. A Kingston anunciou o DataTraveler 300 que promete nada menos do que 256 GB de armazenamento. E meu notebook tem um HD de 250 GB...

O preço sugerido é algo mais louco ainda: US$ 900,00!

Pelo menos é uma solução para quem comprou netbook com memória de 4 GB...

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4 de maio de 2010

Porque o uso do software pirata não é visto como crime por seus praticantes?

Como os visitantes devem saber eu sou contra o uso de software pirata. Depois de várias discussões com amigos decidi escrever sobre o assunto.

Vamos montar um pequeno cenário: alguém entra no ônibus. Depois de alguns minutos, alguns pontos mais à frente, entra no mesmo ônibus um homem armado e exige de todos os passageiros que entreguem seus pertences. Esse alguém entrega tudo e depois reclama da falta de segurança na cidade.

Ao chegar em casa, esse alguém liga o seu computador e envia um e-mail de protesto para as autoridades e para a imprensa. O que ninguém sabe é que o seu cliente de e-mail é uma cópia pirata. Essa pessoa tem moral para cobrar seu direito?

Pirataria de software é crime e está previsto no código penal brasileiro. Mas porque ninguém se sente um criminoso quando usa software pirata? Só porque não houve violência?

Vamos parar e pensar um pouco: se o leitor fosse um pequeno programador que fizesse um sistema de gerenciamento de uma locadora de filmes sob encomenda da locadora do seu bairro e alguns meses depois encontrasse o mesmo sistema instalado na locadora do bairro vizinho, o que você faria? Deixaria pra lá ou procuraria seus direitos?

Propriedade intelectual é um trabalho! Só porque não é tão tangível quanto o mouse ou o teclado do computador não quer dizer que lá não tem todo um processo de concepção, desenvolvimento, distribuição, etc.

As desculpas são as mais variadas: "software licenciado é muito caro", "pra quê comprar se eu posso ter de graça" e "eu nunca vou ser descoberto mesmo" são as mais comuns. Bom, se é caro, saibam que existem soluções gratuitas muito boas. E se não tem custo, porque então cometer um crime pirateando um software caro?

Vocês sabiam que se acontecer algum problema de acesso indevido pela internet em sua conta bancária e a instituição financeira descobrir que seu sistema operacional é pirata ela tem o direito de não resolver esse problema? Verdade. Em alguns bancos já até existe a pergunta "Seu Windows é original?". E é bom não mentir ao responder essa pergunta porque o banco pode envolver a polícia na investigação e esta solicitar a perícia do seu equipamento...

Concordo que o software licenciado é caro. Mas com tanta pirataria não era pra menos! O fabricante do programa de computador tem que ganhar dinheiro e quem paga é o usuário licenciado. Se todos comprassem software legítimo os preços seriam melhores.

Se você quer protestar contra o preço não faça cópias piratas, use software gratuito! Ao invés do Windows use o Linux. Se o Microsoft Office está fora das suas possibilidades use o BrOffice!

Uma professora da faculdade deu a melhor síntese sobre o assunto. Se um computador é formado por hardware e software, quando você compra um está comprando hardware e software. Simples assim.

E a total inversão de valores é algo surreal: como eu uso software legítimo ou então software gratuito as pessoas dizem que eu sou "caxias", o errado, o esquisito. Só porque eu estou dentro da lei? Impressionante...

Esse post foi muito mais um desabafo, apesar de continuar com o papel de trazer informação para os leitores. Para tanto quero terminar esse post reproduzindo aqui - devidamente autoriazado, dando crédito e "linkando" o site - um conteúdo da seção "Você sabia?" da matéria "A Lei é clara: Software Pirata é Crime" do  portal "Tudo sobre segurança"

  • Software é um conjunto de instruções lógicas, desenvolvidas em linguagem específica, que permite ao computador realizar as mais variadas tarefas do dia-a-dia de empresas, profissionais de diversas áreas e usuários em geral.

  • A produção de software exige conhecimento técnico e um grande volume de investimentos sendo que, pela sua importância e alcance, movimenta bilhões de dólares em negócios e gera milhares de empregos.

  • Ao adquirir um programa de computador (software), o usuário não se torna proprietário da obra, está apenas recebendo uma Licença de Uso, que é uma permissão para o uso, de forma não exclusiva.

  • Mesmo tendo adquirido uma cópia original, o usuário não possui o direito de realizar a exploração econômica do software (cópia e revenda, aluguel, etc.), a não ser que tenha autorização expressa do titular da obra.

  • A Pirataria de Software é a prática de reproduzir ilegalmente um programa de computador, sem a autorização expressa do titular da obra e, consequentemente, sem a devida licença de uso.

  • A execução de cópias não autorizadas de software, em computadores dentro de organizações, conhecida como Pirataria Corporativa, acontece quando se reproduzem softwares pelos empregados, para uso no escritório, sem a aquisição das respectivas Licenças de Uso, o que, mesmo se em pequenas quantidades, pode significar multas vultosas, além de grande desgaste da imagem da empresa no mercado.

  • Compartilhar programas com amigos e colegas de trabalho, conhecida como Pirataria Individual, também é um problema significativo, especialmente porque os usuários individuais que fazem cópias não autorizadas não acreditam que possam ser detectados, sobretudo face ao enorme número de pessoas que praticam esta contravenção.

  • Outra forma de pirataria que é muito significativa acontece através de algumas Revendas, que copiam integralmente o software, e o vendem a preços reduzidos ou, gravam cópias ilegais nos discos rígidos dos computadores, oferecendo este software pirata como uma "gentileza" na compra do hardware.

  • Muitos programas são comercializados para utilização em redes locais, casos em que a documentação que acompanha o software descreve as formas de instalação, de uso e o número de usuários permitido, constituindo-se violação do Direito Autoral, a utilização de versões monousuários em ambientes de rede ou a permissão de acesso aos terminais, em quantidade maior do que a quantidade licenciada.

  • É preciso esclarecer os usuários sobre os prejuízos da pirataria, que vão desde a utilização deficiente do software, por falta de manuais, suporte técnico, treinamento adequado e garantia, até a perda de dados por ação de vírus, normalmente presentes nas cópias ilegais.

  • A cópia ilegal não gera remuneração para que os autores invistam na própria melhoria dos programas.

  • A Lei 7.646/87 estabelece que a violação de direitos autorais de programas de computador é crime, punível com pena de detenção de 6 meses a 2 anos e multa, além de ser passível de ação cível indenizatória.

Em caso de dúvidas, visite o site da ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software) em www.abes.org.br.

Agradeço ao Jorge Lordello pela liberação do material.

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OpenID. Você já tem o seu?

Quantos cadastros diferentes você tem na internet? Já percebeu que a cada cadastro que fazemos pela web nós sempre temos que inserir informações diferentes?

Por exemplo: alguns cadastros exigem que você escolha uma pergunta e preencha com uma resposta. Mas todos os sites que exigem esse tipo de informação usam perguntas diferentes! Temos que decorar todas as respostas!

As senhas são um caso à parte: cada site tem sua política e as senhas que usamos sempre tem que ser diferentes. Por medida de segurança isso é correto: a senha do banco deve ser diferente da senha do e-mail, que deve ser diferente da senha que usamos para entrar no computador e por aí vai. Se alguém descobrir a senha de alguma coisa, o estrago é menor.

O OpenID Foundation é formado por um grupo de pessoas e empresas que tiveram uma idéia simples e fabulosa: porque não concentrar todas as informações dos usuários em apenas um lugar e o usuário pode usar esse cadastro em todos os sites pelos quais navega? Assim o usuário pode usar vários sites e ter apenas uma senha porque o cadastro dele é gerido por algum dos participantes do OpenID Foundation e os outros nem mesmo sabem que senha é essa! Isso implica no uso de uma senha forte e que seja de conhecimento apenas do usuário, mas traz também uma facilidade incrível. Veja como funciona:

1- Você entra no site e na tela de login existe a informação de que ele participa do OpenID Foundation. Ele solicita a informação de login do OpenID.

2- Você informa somente o seu OpenID. Você pode saber essa informação buscando com seu serviço de cadastro. Por exemplo, contas do Google usam como OpenID o URL do perfil do usuário. Contas do Blogger usam o URL do blog como OpenID (nomedoblog.blogspot.com). Contas do Flickr usam o URL www.flickr.com/nomedeusuário e por aí vai. (Mais detalhes em http://openid.net/get-an-openid)

3- O site o redireciona para o logal onde o OpenID está armazenado, seja no Google, Blogger, Flickr (ou qualquer outro participante) onde lá sim, você informa sua senha.

4- Após a validação, o serviço hospedeiro do seu OpenID retorna para o site que você está tentando acessar somente uma informação do tipo "pode liberar o acesso porque eu garanto a identidade do fulano" e o usuário não precisa mais preencher dezenas de formulários e muito menos guardar dezenas de senhas.

Vale a pena dar uma olhada no site Start Using your OpenID para mais detalhes de como funciona e saber quais são os participantes do OpenID Foundation.

A dica do blogueiro aqui é simples: caso o leitor tenha o desejo de usar um OpenID, use o OpenID de um serviço grande e já consolidado no mundo virtual porque os grandes portais tem maior investimento em segurança dos seus bancos de dados e sua senha estará mais segura!

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2 de maio de 2010

Cara nova no Tecnologia dia-a-dia!

O blog estava precisando de uma repaginada já fazia muito tempo! Como não tenho muito tempo para aprender a fazer programação visual para web, me restou apenas mudar o tema que utilizo no Blogger. Espero que a mudança tenha agradado aos visitantes. Comentem!

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HP compra a Palm. Com qual objetivo?

Que a Palm não andava bem já era do conhecimento público. Que seria vendida também. A grande surpresa foi o comprador: a HP.

Qual seria o objetivo de tal aquisição? Soa estranho ainda mais levando em consideração que a HP tem uma linha de celulares (informação nova pra muita gente) que ostenta o nome dos seus famosos computadores de mão: iPaq. Por curiosidade, o nome iPaq passou a ser usado depois que a HP comprou a Compaq, dona da marca.

Com certeza essa compra não tem por objetivo retirar uma rival do mercado, até porque a Palm não tem condições de brigar com uma gigante como a HP, mesmo que quisesse. A estratégia aqui é outra.

Com a chegada do Windows Phone 7, versão móvel do sistema operacional da Microsoft, a empresa de Bill Gates decidiu que teria maior controle sobre seu sistema, seguindo os passos da Apple. Fica proibido a aplicação de personalizações no sistema, mudanças nas configurações, instalação de programas livremente e outras coisas. Até mesmo o hardware (que é de responsabilidade dos fabricantes de celulares) a Microsoft quer controlar. Tudo isso só pra chegar mais perto da fómula de "sucesso" do iPhone?

Até aqui nada "fora do normal" para a Microsoft. Mas para os fabricantes, incluindo a HP, isso é permitir que a Microsoft controle sua produção, afinal, se esta dita as regras para uso do Windows Phone até o nível do hardware é quase uma terceirização de fabricação!

Com a compra da Palm a HP leva de "bonus" um sistema operacional móvel completo, o Palm webOS, que diga-se de passagem, é muito bom. Não só o sistema, leva também uma loja online com milhares de aplicativos disponíveis. Tem acesso ao código do sistema, de forma a modificá-lo livremente. E ainda leva algumas fábricas para produzir seus aparelhos.

Essa "fusão" vem bem a calhar: a HP tem 0,1% do mercado de smartphones na sua mão. A tentativa aqui é aumentar essa fatia e concorrer com o iPhone OS, Android, Symbian e o próprio Windows Phone. E o webOS tem potencial: o iPhone OS (pelo menos até agora) não tem suporte à multitarefa, o Windows Phone 7 vai perder essa funcionalidade (já confirmado pela MS) e o Android é um bom sistema mas ainda é muito recente portanto ainda carece de bons programas. O Symbian é um caso à parte: tem tudo o que um sistema operacional deveria ter, faz tudo o que deveria fazer, tem a infinidade de programas que deveria ter, possui código aberto, mas ultimamente só a Nokia o apóia.

O webOS foi criado a partir de todo o conhecimento agregado em vários anos de mercado do Palm OS (em tempo: o webOS não é uma evolução do Palm OS - este segundo pertence à Access que comprou a Palmsource no passado) e traz a simplicidade como primeira função: não existe uma infinidade de menus para configurar ou acessar recursos do aparelho. Como segunda função ele traz a integração com a web, daí o nome webOS. É um sistema robusto, estável, conectado e seguro. E segurança é o "calcanhar de Aquiles" dos outros sistemas móveis.

O que a HP tinha em mente quando, como uma "zebra" no mundo dos negócios, comprou a Palm (deixando pra trás a HTC que tinha um interesse muito grande) era a liberdade. Liberdade porque sempre usou o sistema da Microsoft e agora estava numa posição difícil quanto ao uso do Windows Phone 7 com todas as imposições da gigante do software.

O que ainda não ficou claro é: A oferta de telefones com Windows vai continuar? Porque tenho certeza que, em breve, os iPaqs serão impulsionados pelo webOS.
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10 de março de 2010

Responsabilidade no uso da tecnologia

Sei que o meu blog tem como foco a tecnologia. Mas tecnologia afeta comportamento e comportamento afeta opinião. O que vou postar hoje não passa de uma análise sobre opiniões dadas no mundo virtual.

Devido a alguns contratempos profissionais ando meio sem tempo para escrever. Mas isso não quer dizer que não faço minhas consultas pela internet. Alguns sites e blogs sempre são visita obrigatória. Um desses blogs é o BabelTurbo do meu primo Murilo Ribeiro.

O mais recente post dele é com relação a um comentário do Danilo Gentili no Twitter no qual se referiu à Hebe como uma múmia. A piada referia-se à idade da apresentadora e o próprio Danilo a considerou infeliz dada a situação enfrentada pela estrela.

Para deixar claro: não quero defender muito menos crucificar ninguém. Não é o objetivo do meu blog. Deixo isso para outras pessoas muito mais qualificadas do que eu no campo das ciências humanas. O que quero perguntar agora é: houve responsabilidade no uso da ferramenta de microblogs?

Vamos pensar um pouco: No momento de escrever alguma coisa polêmica devemos pensar se não estamos sendo inconvenientes. Não sou regra. Eu tenho temperamento difícil e sempre faço dessas burradas, mas divulgá-las a meio mundo é muito diferente.

Um blog, microblog, site, e-mail e qualquer forma de divulgar informação na internet que atinge milhões de pessoas deve ser tratada muito cuidado. Comentários como o do Danilo podem ter interpretações diferenciadas, despertar muitos sentimentos. Temos que ter cuidado com a intolerância também. Todos cometem erros e quando alguém erra, temos por obrigação deixar o espaço para que haja retratação. Afinal, se eu estou aberto para cometer o erro porque vou taxar alguém?

Vamos falar do caso do Danilo: ele é um comediante e tem por impulso fazer piadas sobre todos os assuntos. Fazer uma piada com a Hebe não é um pecado. A própria se faz de piada para descontrair seu público e seus entrevistados. No programa de retorno ela usou sua quimioterapia como resposta irreverente à uma pergunta indiscreta feita pelo Ratinho (ao clicar no link vá para 2 minutos e 10 segundos). E convenhamos: se não fosse o momento de enfrentamento de uma doença séria até que a piada não seria das piores (também não teria sido das melhores até porque já é uma piada adaptada. Antes esta piada pertencia à Dercy Gonçalves). O problema se deu porque a saúde do alvo da brincadeira está debilitada e nós nos sensibilizamos com a condição dela. Imaginamos que poderia ser conosco, ficamos tristes e depois felizes quando acontece uma melhora.

Se a piada fosse feita no ar, dentro do CQC, seria alvo de comentários boca-a-boca e nada mais. Mas como foi feita na internet muitas pessoas leram e puderam expressar suas opiniões no próprio Twitter e em outros lugares virtuais o que gerou uma movimentação de pessoas a favor e contra ao ponto de trocas de comentários sobre liberdade de expressão e democracia. Quando se percebeu o alarde, o foco original foi trocado. Danilo, Hebe e piada inoportuna já não eram mais o grande problema.

Deu pra perceber o poder da internet? Pode-se ir do paraíso ao inferno depois de apenas alguns caracteres. E temos que admitir que o Danilo Gentili é uma pessoa pública com expressão porque se fosse eu a fazer essa piada no meu Twitter talvez meus 3 seguidores nem mesmo lessem.

Escrevi tudo isso aqui só pra tentar passar a seguinte mensagem: cuidado ao fazer comentários em sites, blogs etc. O que você escrever pode despertar os mais primitivos sentimentos humanos. Mesmo tendo a internet como segurança.

9 de janeiro de 2010

A HP é racista?

Antes de começar a escrever sobre o assunto quero deixar claro que sou contra qualquer tipo de preconceito, seja ele racial, religioso, sexual ou qualquer outro que se pense.
Deu pra perceber que o assunto é delicado. Primeiro temos que admitir uma coisa: dizer que alguém (ou uma empresa) é racista é uma acusação grave. Para começar, em alguns países preconceito racial é crime. No caso de uma empresa, deixar de vender para um determinado grupo étnico é, no mínimo, um erro comercial.
Surgiu na internet a algumas semanas um vídeo de um consumidor da HP que demonstrava que a sua webcam com sistema de reconhecimento facial não funcionava com pessoas negras. Prova irrefutável. Vamos ao vídeo:

Mas "péra" lá. Uma coisa me chamou a atenção. Mas antes de explicar o que me motivou a escrever este post (e quero deixar bem claro que não vou defender a HP) tenho que passar uma informação técnica pouco divulgada.
Todo sistema de biometria (ou seja, que usa partes do corpo humano para introduzir dados ao computador) tem falhas. Qualquer um que já usou o IBM ViaVoice já teve vontade de jogar o microfone pela janela. Quem nunca teve problemas com a máquina que faz a leitura das impressões digitais no DETRAN? Reconhecer voz, assim como ler as impressões digitais é muito difícil porque cada um tem um timbre de voz e as impressões não se repetem. Quem achou que o reconhecimento facial seria fácil?
O reconhecimento facial pode ser feito de várias formas. E quando eu digo várias são várias mesmo. A HP optou por uma forma menos difícil (se é que posso escrever desta forma): o reconhecimento dos contrastes do rosto para identificar os olhos, o nariz e a boca. Simples assim. Mas existe um ponto crítico: a iluminação ambiente.
Todos vocês podem notar no vídeo que a iluminação não é adequada. Para mostrar isso basta perceber que a luz vem por trás das pessoas quando o correto seria vir pela frente, ou seja, o foco de luz deveria estar atrás da câmera e não na frente dela (no caso a luz está no teto e a câmera está apontada para lá). Isso faz com que os rostos fiquem mais escurecidos. No caso do nosso amigo, sua pele já é escura por natureza e a luz ambiente não ajuda. Quando a sua amiga de pele branca aparece, a câmera não tem dificuldades em captar sua imagem. Lembrando que o fato do vídeo ter boa nitidez não é garantia de boa imagem, uma vez que o nosso monitor do computador(onde estamos vendo esse vídeo) pode estar ajustado de forma errada, nos dando a impressão do vídeo estar bom quando na verdade não está.
Imaginem a situação contrária: uma luz muito forte nos rostos das duas pessoas. Imaginou? Agora responda: qual seria o resultado? Não fiz o teste, quem puder o faça mas posso prever que o resultado seria exatamente o contrário, com a câmera reconhecendo o rosto do rapaz e deixando de reconhecer o rosto de sua amiga. Isso se deve ao fato de os contrastes no rosto dela sumirem caso a luz seja forte demais no seu rosto. Levando em consideração que por mais cara que seja a câmera da HP, ela é um acessório de um notebook que deve ter baixo custo e isto quer dizer que o sensor de luz dela não é dos melhores.
Agora pergunto: seria então a câmera da HP racista de acordo com a condição de iluminação? Simplesmente não. O que aconteceu foi uma limitação quanto à tecnologia usada. O erro da HP está em não divulgar informações básicas sobre como iluminar corretamente o rosto para que a câmera sempre funcione. Tenho certeza que o engenheiro responsável nunca mais vai esquecer de divulgar informações importantes para os usuários.
O problema todo é que, uma vez divulgado o vídeo, algum jornalista sensacionalista deve ter pensado “isto dá uma boa matéria dizendo que a HP é racista” e tascou mão em sua caneta. Apesar da HP se pronunciar dizendo que é uma limitação e que está estudando como resolver este problema, sua imagem já foi arranhada.
Tudo isto mostra que, apesar de todos os avanços, a tecnologia ainda tem muito a progredir. E os seres humanos também…