27 de maio de 2010

Quem diria? A Apple vale mais do que a Microsoft

Essa é uma notícia que eu jamais pensei em comentar, mas é verdade. Como uma fênix, a Apple saiu da falência para assumir o posto de empresa de tecnologia mais valorizada do planeta. Tudo bem que a diferença de valor é de "apenas" 3 bilhões de dólares e que esta "pequena" margem pode ser batida a qualquer momento, mas o que importa aqui não é o posto atualmente ocupado pela Apple.

Como eu comentei acima, a Apple estava falida em 1997. Jobs voltou para a empresa que havia fundado depois que a Apple comprou a Next, segunda empresa de Jobs. Interessante é que, com o retorno de Jobs, ele trouxe um investimento de 150 bilhões vindo da... Microsoft! Logicamente que o Bill queria um retorno desse dinheiro porém eu acredito que ele não imaginava que a empresa que ele estava investindo seria a principal rival da sua própria empresa. E que rival!

Nos últimos 10 anos, a Apple multiplicou por 10 o seu valor e a Microsoft viu seu valor cair 4/5 . Isso se deve ao talento nato de Jobs para os negócios. Logo que voltou para a Apple ele começou uma reformulação nos negócios. Em 2001 lançou o iPod, um tocador de música e na mesma tacada inaugurou a iTunes Store, loja especializada em venda de música online. Estes produtos se tornaram o maior sucesso comercial da Apple.

Logo em 2007 foi lançado o iPhone (comentado no meu blog aqui) e na época até mesmo eu duvidava do seu potencial. Outro sucesso. Agora vem o tal do iPad, que na minha visão parece um iPod Touch de tela grande! Vamos ver o que o futuro reserva para o iPad...

A relevância do fato do valor da Apple ultrapassar o da Microsoft para meu post é: o que uma boa administração é capaz de fazer! Ponto para o Jobs!

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5 de maio de 2010

Pendrive de 256 GB? Eu só queria guardar um arquivo do Word...

É claro que o título trata-se de uma brincadeira. Mas a brincadeira vem depois do ponto de interrogação. O que está escrito antes é a mais pura verdade. A Kingston anunciou o DataTraveler 300 que promete nada menos do que 256 GB de armazenamento. E meu notebook tem um HD de 250 GB...

O preço sugerido é algo mais louco ainda: US$ 900,00!

Pelo menos é uma solução para quem comprou netbook com memória de 4 GB...

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4 de maio de 2010

Porque o uso do software pirata não é visto como crime por seus praticantes?

Como os visitantes devem saber eu sou contra o uso de software pirata. Depois de várias discussões com amigos decidi escrever sobre o assunto.

Vamos montar um pequeno cenário: alguém entra no ônibus. Depois de alguns minutos, alguns pontos mais à frente, entra no mesmo ônibus um homem armado e exige de todos os passageiros que entreguem seus pertences. Esse alguém entrega tudo e depois reclama da falta de segurança na cidade.

Ao chegar em casa, esse alguém liga o seu computador e envia um e-mail de protesto para as autoridades e para a imprensa. O que ninguém sabe é que o seu cliente de e-mail é uma cópia pirata. Essa pessoa tem moral para cobrar seu direito?

Pirataria de software é crime e está previsto no código penal brasileiro. Mas porque ninguém se sente um criminoso quando usa software pirata? Só porque não houve violência?

Vamos parar e pensar um pouco: se o leitor fosse um pequeno programador que fizesse um sistema de gerenciamento de uma locadora de filmes sob encomenda da locadora do seu bairro e alguns meses depois encontrasse o mesmo sistema instalado na locadora do bairro vizinho, o que você faria? Deixaria pra lá ou procuraria seus direitos?

Propriedade intelectual é um trabalho! Só porque não é tão tangível quanto o mouse ou o teclado do computador não quer dizer que lá não tem todo um processo de concepção, desenvolvimento, distribuição, etc.

As desculpas são as mais variadas: "software licenciado é muito caro", "pra quê comprar se eu posso ter de graça" e "eu nunca vou ser descoberto mesmo" são as mais comuns. Bom, se é caro, saibam que existem soluções gratuitas muito boas. E se não tem custo, porque então cometer um crime pirateando um software caro?

Vocês sabiam que se acontecer algum problema de acesso indevido pela internet em sua conta bancária e a instituição financeira descobrir que seu sistema operacional é pirata ela tem o direito de não resolver esse problema? Verdade. Em alguns bancos já até existe a pergunta "Seu Windows é original?". E é bom não mentir ao responder essa pergunta porque o banco pode envolver a polícia na investigação e esta solicitar a perícia do seu equipamento...

Concordo que o software licenciado é caro. Mas com tanta pirataria não era pra menos! O fabricante do programa de computador tem que ganhar dinheiro e quem paga é o usuário licenciado. Se todos comprassem software legítimo os preços seriam melhores.

Se você quer protestar contra o preço não faça cópias piratas, use software gratuito! Ao invés do Windows use o Linux. Se o Microsoft Office está fora das suas possibilidades use o BrOffice!

Uma professora da faculdade deu a melhor síntese sobre o assunto. Se um computador é formado por hardware e software, quando você compra um está comprando hardware e software. Simples assim.

E a total inversão de valores é algo surreal: como eu uso software legítimo ou então software gratuito as pessoas dizem que eu sou "caxias", o errado, o esquisito. Só porque eu estou dentro da lei? Impressionante...

Esse post foi muito mais um desabafo, apesar de continuar com o papel de trazer informação para os leitores. Para tanto quero terminar esse post reproduzindo aqui - devidamente autoriazado, dando crédito e "linkando" o site - um conteúdo da seção "Você sabia?" da matéria "A Lei é clara: Software Pirata é Crime" do  portal "Tudo sobre segurança"

  • Software é um conjunto de instruções lógicas, desenvolvidas em linguagem específica, que permite ao computador realizar as mais variadas tarefas do dia-a-dia de empresas, profissionais de diversas áreas e usuários em geral.

  • A produção de software exige conhecimento técnico e um grande volume de investimentos sendo que, pela sua importância e alcance, movimenta bilhões de dólares em negócios e gera milhares de empregos.

  • Ao adquirir um programa de computador (software), o usuário não se torna proprietário da obra, está apenas recebendo uma Licença de Uso, que é uma permissão para o uso, de forma não exclusiva.

  • Mesmo tendo adquirido uma cópia original, o usuário não possui o direito de realizar a exploração econômica do software (cópia e revenda, aluguel, etc.), a não ser que tenha autorização expressa do titular da obra.

  • A Pirataria de Software é a prática de reproduzir ilegalmente um programa de computador, sem a autorização expressa do titular da obra e, consequentemente, sem a devida licença de uso.

  • A execução de cópias não autorizadas de software, em computadores dentro de organizações, conhecida como Pirataria Corporativa, acontece quando se reproduzem softwares pelos empregados, para uso no escritório, sem a aquisição das respectivas Licenças de Uso, o que, mesmo se em pequenas quantidades, pode significar multas vultosas, além de grande desgaste da imagem da empresa no mercado.

  • Compartilhar programas com amigos e colegas de trabalho, conhecida como Pirataria Individual, também é um problema significativo, especialmente porque os usuários individuais que fazem cópias não autorizadas não acreditam que possam ser detectados, sobretudo face ao enorme número de pessoas que praticam esta contravenção.

  • Outra forma de pirataria que é muito significativa acontece através de algumas Revendas, que copiam integralmente o software, e o vendem a preços reduzidos ou, gravam cópias ilegais nos discos rígidos dos computadores, oferecendo este software pirata como uma "gentileza" na compra do hardware.

  • Muitos programas são comercializados para utilização em redes locais, casos em que a documentação que acompanha o software descreve as formas de instalação, de uso e o número de usuários permitido, constituindo-se violação do Direito Autoral, a utilização de versões monousuários em ambientes de rede ou a permissão de acesso aos terminais, em quantidade maior do que a quantidade licenciada.

  • É preciso esclarecer os usuários sobre os prejuízos da pirataria, que vão desde a utilização deficiente do software, por falta de manuais, suporte técnico, treinamento adequado e garantia, até a perda de dados por ação de vírus, normalmente presentes nas cópias ilegais.

  • A cópia ilegal não gera remuneração para que os autores invistam na própria melhoria dos programas.

  • A Lei 7.646/87 estabelece que a violação de direitos autorais de programas de computador é crime, punível com pena de detenção de 6 meses a 2 anos e multa, além de ser passível de ação cível indenizatória.

Em caso de dúvidas, visite o site da ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software) em www.abes.org.br.

Agradeço ao Jorge Lordello pela liberação do material.

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OpenID. Você já tem o seu?

Quantos cadastros diferentes você tem na internet? Já percebeu que a cada cadastro que fazemos pela web nós sempre temos que inserir informações diferentes?

Por exemplo: alguns cadastros exigem que você escolha uma pergunta e preencha com uma resposta. Mas todos os sites que exigem esse tipo de informação usam perguntas diferentes! Temos que decorar todas as respostas!

As senhas são um caso à parte: cada site tem sua política e as senhas que usamos sempre tem que ser diferentes. Por medida de segurança isso é correto: a senha do banco deve ser diferente da senha do e-mail, que deve ser diferente da senha que usamos para entrar no computador e por aí vai. Se alguém descobrir a senha de alguma coisa, o estrago é menor.

O OpenID Foundation é formado por um grupo de pessoas e empresas que tiveram uma idéia simples e fabulosa: porque não concentrar todas as informações dos usuários em apenas um lugar e o usuário pode usar esse cadastro em todos os sites pelos quais navega? Assim o usuário pode usar vários sites e ter apenas uma senha porque o cadastro dele é gerido por algum dos participantes do OpenID Foundation e os outros nem mesmo sabem que senha é essa! Isso implica no uso de uma senha forte e que seja de conhecimento apenas do usuário, mas traz também uma facilidade incrível. Veja como funciona:

1- Você entra no site e na tela de login existe a informação de que ele participa do OpenID Foundation. Ele solicita a informação de login do OpenID.

2- Você informa somente o seu OpenID. Você pode saber essa informação buscando com seu serviço de cadastro. Por exemplo, contas do Google usam como OpenID o URL do perfil do usuário. Contas do Blogger usam o URL do blog como OpenID (nomedoblog.blogspot.com). Contas do Flickr usam o URL www.flickr.com/nomedeusuário e por aí vai. (Mais detalhes em http://openid.net/get-an-openid)

3- O site o redireciona para o logal onde o OpenID está armazenado, seja no Google, Blogger, Flickr (ou qualquer outro participante) onde lá sim, você informa sua senha.

4- Após a validação, o serviço hospedeiro do seu OpenID retorna para o site que você está tentando acessar somente uma informação do tipo "pode liberar o acesso porque eu garanto a identidade do fulano" e o usuário não precisa mais preencher dezenas de formulários e muito menos guardar dezenas de senhas.

Vale a pena dar uma olhada no site Start Using your OpenID para mais detalhes de como funciona e saber quais são os participantes do OpenID Foundation.

A dica do blogueiro aqui é simples: caso o leitor tenha o desejo de usar um OpenID, use o OpenID de um serviço grande e já consolidado no mundo virtual porque os grandes portais tem maior investimento em segurança dos seus bancos de dados e sua senha estará mais segura!

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2 de maio de 2010

Cara nova no Tecnologia dia-a-dia!

O blog estava precisando de uma repaginada já fazia muito tempo! Como não tenho muito tempo para aprender a fazer programação visual para web, me restou apenas mudar o tema que utilizo no Blogger. Espero que a mudança tenha agradado aos visitantes. Comentem!

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HP compra a Palm. Com qual objetivo?

Que a Palm não andava bem já era do conhecimento público. Que seria vendida também. A grande surpresa foi o comprador: a HP.

Qual seria o objetivo de tal aquisição? Soa estranho ainda mais levando em consideração que a HP tem uma linha de celulares (informação nova pra muita gente) que ostenta o nome dos seus famosos computadores de mão: iPaq. Por curiosidade, o nome iPaq passou a ser usado depois que a HP comprou a Compaq, dona da marca.

Com certeza essa compra não tem por objetivo retirar uma rival do mercado, até porque a Palm não tem condições de brigar com uma gigante como a HP, mesmo que quisesse. A estratégia aqui é outra.

Com a chegada do Windows Phone 7, versão móvel do sistema operacional da Microsoft, a empresa de Bill Gates decidiu que teria maior controle sobre seu sistema, seguindo os passos da Apple. Fica proibido a aplicação de personalizações no sistema, mudanças nas configurações, instalação de programas livremente e outras coisas. Até mesmo o hardware (que é de responsabilidade dos fabricantes de celulares) a Microsoft quer controlar. Tudo isso só pra chegar mais perto da fómula de "sucesso" do iPhone?

Até aqui nada "fora do normal" para a Microsoft. Mas para os fabricantes, incluindo a HP, isso é permitir que a Microsoft controle sua produção, afinal, se esta dita as regras para uso do Windows Phone até o nível do hardware é quase uma terceirização de fabricação!

Com a compra da Palm a HP leva de "bonus" um sistema operacional móvel completo, o Palm webOS, que diga-se de passagem, é muito bom. Não só o sistema, leva também uma loja online com milhares de aplicativos disponíveis. Tem acesso ao código do sistema, de forma a modificá-lo livremente. E ainda leva algumas fábricas para produzir seus aparelhos.

Essa "fusão" vem bem a calhar: a HP tem 0,1% do mercado de smartphones na sua mão. A tentativa aqui é aumentar essa fatia e concorrer com o iPhone OS, Android, Symbian e o próprio Windows Phone. E o webOS tem potencial: o iPhone OS (pelo menos até agora) não tem suporte à multitarefa, o Windows Phone 7 vai perder essa funcionalidade (já confirmado pela MS) e o Android é um bom sistema mas ainda é muito recente portanto ainda carece de bons programas. O Symbian é um caso à parte: tem tudo o que um sistema operacional deveria ter, faz tudo o que deveria fazer, tem a infinidade de programas que deveria ter, possui código aberto, mas ultimamente só a Nokia o apóia.

O webOS foi criado a partir de todo o conhecimento agregado em vários anos de mercado do Palm OS (em tempo: o webOS não é uma evolução do Palm OS - este segundo pertence à Access que comprou a Palmsource no passado) e traz a simplicidade como primeira função: não existe uma infinidade de menus para configurar ou acessar recursos do aparelho. Como segunda função ele traz a integração com a web, daí o nome webOS. É um sistema robusto, estável, conectado e seguro. E segurança é o "calcanhar de Aquiles" dos outros sistemas móveis.

O que a HP tinha em mente quando, como uma "zebra" no mundo dos negócios, comprou a Palm (deixando pra trás a HTC que tinha um interesse muito grande) era a liberdade. Liberdade porque sempre usou o sistema da Microsoft e agora estava numa posição difícil quanto ao uso do Windows Phone 7 com todas as imposições da gigante do software.

O que ainda não ficou claro é: A oferta de telefones com Windows vai continuar? Porque tenho certeza que, em breve, os iPaqs serão impulsionados pelo webOS.
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10 de março de 2010

Responsabilidade no uso da tecnologia

Sei que o meu blog tem como foco a tecnologia. Mas tecnologia afeta comportamento e comportamento afeta opinião. O que vou postar hoje não passa de uma análise sobre opiniões dadas no mundo virtual.

Devido a alguns contratempos profissionais ando meio sem tempo para escrever. Mas isso não quer dizer que não faço minhas consultas pela internet. Alguns sites e blogs sempre são visita obrigatória. Um desses blogs é o BabelTurbo do meu primo Murilo Ribeiro.

O mais recente post dele é com relação a um comentário do Danilo Gentili no Twitter no qual se referiu à Hebe como uma múmia. A piada referia-se à idade da apresentadora e o próprio Danilo a considerou infeliz dada a situação enfrentada pela estrela.

Para deixar claro: não quero defender muito menos crucificar ninguém. Não é o objetivo do meu blog. Deixo isso para outras pessoas muito mais qualificadas do que eu no campo das ciências humanas. O que quero perguntar agora é: houve responsabilidade no uso da ferramenta de microblogs?

Vamos pensar um pouco: No momento de escrever alguma coisa polêmica devemos pensar se não estamos sendo inconvenientes. Não sou regra. Eu tenho temperamento difícil e sempre faço dessas burradas, mas divulgá-las a meio mundo é muito diferente.

Um blog, microblog, site, e-mail e qualquer forma de divulgar informação na internet que atinge milhões de pessoas deve ser tratada muito cuidado. Comentários como o do Danilo podem ter interpretações diferenciadas, despertar muitos sentimentos. Temos que ter cuidado com a intolerância também. Todos cometem erros e quando alguém erra, temos por obrigação deixar o espaço para que haja retratação. Afinal, se eu estou aberto para cometer o erro porque vou taxar alguém?

Vamos falar do caso do Danilo: ele é um comediante e tem por impulso fazer piadas sobre todos os assuntos. Fazer uma piada com a Hebe não é um pecado. A própria se faz de piada para descontrair seu público e seus entrevistados. No programa de retorno ela usou sua quimioterapia como resposta irreverente à uma pergunta indiscreta feita pelo Ratinho (ao clicar no link vá para 2 minutos e 10 segundos). E convenhamos: se não fosse o momento de enfrentamento de uma doença séria até que a piada não seria das piores (também não teria sido das melhores até porque já é uma piada adaptada. Antes esta piada pertencia à Dercy Gonçalves). O problema se deu porque a saúde do alvo da brincadeira está debilitada e nós nos sensibilizamos com a condição dela. Imaginamos que poderia ser conosco, ficamos tristes e depois felizes quando acontece uma melhora.

Se a piada fosse feita no ar, dentro do CQC, seria alvo de comentários boca-a-boca e nada mais. Mas como foi feita na internet muitas pessoas leram e puderam expressar suas opiniões no próprio Twitter e em outros lugares virtuais o que gerou uma movimentação de pessoas a favor e contra ao ponto de trocas de comentários sobre liberdade de expressão e democracia. Quando se percebeu o alarde, o foco original foi trocado. Danilo, Hebe e piada inoportuna já não eram mais o grande problema.

Deu pra perceber o poder da internet? Pode-se ir do paraíso ao inferno depois de apenas alguns caracteres. E temos que admitir que o Danilo Gentili é uma pessoa pública com expressão porque se fosse eu a fazer essa piada no meu Twitter talvez meus 3 seguidores nem mesmo lessem.

Escrevi tudo isso aqui só pra tentar passar a seguinte mensagem: cuidado ao fazer comentários em sites, blogs etc. O que você escrever pode despertar os mais primitivos sentimentos humanos. Mesmo tendo a internet como segurança.

9 de janeiro de 2010

A HP é racista?

Antes de começar a escrever sobre o assunto quero deixar claro que sou contra qualquer tipo de preconceito, seja ele racial, religioso, sexual ou qualquer outro que se pense.
Deu pra perceber que o assunto é delicado. Primeiro temos que admitir uma coisa: dizer que alguém (ou uma empresa) é racista é uma acusação grave. Para começar, em alguns países preconceito racial é crime. No caso de uma empresa, deixar de vender para um determinado grupo étnico é, no mínimo, um erro comercial.
Surgiu na internet a algumas semanas um vídeo de um consumidor da HP que demonstrava que a sua webcam com sistema de reconhecimento facial não funcionava com pessoas negras. Prova irrefutável. Vamos ao vídeo:

Mas "péra" lá. Uma coisa me chamou a atenção. Mas antes de explicar o que me motivou a escrever este post (e quero deixar bem claro que não vou defender a HP) tenho que passar uma informação técnica pouco divulgada.
Todo sistema de biometria (ou seja, que usa partes do corpo humano para introduzir dados ao computador) tem falhas. Qualquer um que já usou o IBM ViaVoice já teve vontade de jogar o microfone pela janela. Quem nunca teve problemas com a máquina que faz a leitura das impressões digitais no DETRAN? Reconhecer voz, assim como ler as impressões digitais é muito difícil porque cada um tem um timbre de voz e as impressões não se repetem. Quem achou que o reconhecimento facial seria fácil?
O reconhecimento facial pode ser feito de várias formas. E quando eu digo várias são várias mesmo. A HP optou por uma forma menos difícil (se é que posso escrever desta forma): o reconhecimento dos contrastes do rosto para identificar os olhos, o nariz e a boca. Simples assim. Mas existe um ponto crítico: a iluminação ambiente.
Todos vocês podem notar no vídeo que a iluminação não é adequada. Para mostrar isso basta perceber que a luz vem por trás das pessoas quando o correto seria vir pela frente, ou seja, o foco de luz deveria estar atrás da câmera e não na frente dela (no caso a luz está no teto e a câmera está apontada para lá). Isso faz com que os rostos fiquem mais escurecidos. No caso do nosso amigo, sua pele já é escura por natureza e a luz ambiente não ajuda. Quando a sua amiga de pele branca aparece, a câmera não tem dificuldades em captar sua imagem. Lembrando que o fato do vídeo ter boa nitidez não é garantia de boa imagem, uma vez que o nosso monitor do computador(onde estamos vendo esse vídeo) pode estar ajustado de forma errada, nos dando a impressão do vídeo estar bom quando na verdade não está.
Imaginem a situação contrária: uma luz muito forte nos rostos das duas pessoas. Imaginou? Agora responda: qual seria o resultado? Não fiz o teste, quem puder o faça mas posso prever que o resultado seria exatamente o contrário, com a câmera reconhecendo o rosto do rapaz e deixando de reconhecer o rosto de sua amiga. Isso se deve ao fato de os contrastes no rosto dela sumirem caso a luz seja forte demais no seu rosto. Levando em consideração que por mais cara que seja a câmera da HP, ela é um acessório de um notebook que deve ter baixo custo e isto quer dizer que o sensor de luz dela não é dos melhores.
Agora pergunto: seria então a câmera da HP racista de acordo com a condição de iluminação? Simplesmente não. O que aconteceu foi uma limitação quanto à tecnologia usada. O erro da HP está em não divulgar informações básicas sobre como iluminar corretamente o rosto para que a câmera sempre funcione. Tenho certeza que o engenheiro responsável nunca mais vai esquecer de divulgar informações importantes para os usuários.
O problema todo é que, uma vez divulgado o vídeo, algum jornalista sensacionalista deve ter pensado “isto dá uma boa matéria dizendo que a HP é racista” e tascou mão em sua caneta. Apesar da HP se pronunciar dizendo que é uma limitação e que está estudando como resolver este problema, sua imagem já foi arranhada.
Tudo isto mostra que, apesar de todos os avanços, a tecnologia ainda tem muito a progredir. E os seres humanos também…

3 de novembro de 2009

Onde estão as versões de atualização do Windows 7?

Alguém por aí notou que a Microsoft não liberou versões de atualização do seu novo Windows?
Estranho. Uma mudança de política no lançamento do mais aguardado sistema operacional desde o Windows XP. Os preços estão mais baixos, sim devo admitir. Mas pagar R$689,00 pela versão mais completa (Ultimate) do Windows 7 é um absurdo. Ainda mais pra quem pagou isso pelo Vista Ultimate atualização…
Segundo a Microsoft a redução no preço do Windows 7 completo o deixa com custo para o cliente igual ao do Windows Vista de atualização. Realmente. Os preços cobrados hoje são os mesmos das respectivas versões do Vista atualização na época do lançamento.
Mas qual o objetivo de retirar o incentivo ao upgrade do cliente que já tem uma versão anterior do Windows? A explicação é técnica: a versão de atualização e a versão completa de todos os sistemas anteriores eram idênticas. O único porém era que para usar uma atualização você deveria ter no seu computador a (ou a mídia física da) versão anterior para uma verificação. Isso é provado pelo fato de se poder fazer uma instalação limpa (sem salvar as configurações e programas) a partir de um disco de atualização. Nas versões até o XP nem era necessáro ter o sistema instalado no disco rígido. Já no Vista é possível fazer uma instalação limpa, mas o Windows anterior deve estar no disco apenas para ser colocado em uma pasta windows.old e ficar ocupando vários gigabytes inutilmente. A pasta pode até ser apagada…
Se tecnicamente ambas as versões são idênticas, financeiramente o cenário muda muito. Se eu (podem bater, xingar, apontar o dedo na minha cara e chamar de idiota) que comprei o Windows Vista Ultimate, porque não tenho direito àquele descontinho no Windows 7 Ultimate? E olha que os descontos da MS costumam ser bons!
Questionada sobre as versões de upgrade, a MS apenas anunciou que “não fazem sentido diante da nova política de preços” e que “estudaria o caso do lançamento em mercados emergentes somente para janeiro ou fevereiro do ano que vem”. Estaria o Brasil incluído?
Quem me conhece pessoalmente sabe que sou contra a pirataria. Eu defendo o software livre para quem não pode pagar R$ 399,00 pelo Windows 7 home premium. Não que o software livre seja uma opção “à margem”, muito pelo contrário. Não usar o software da MS devido ao preço é uma boa forma de protestar e de formar profissionais diferenciados na área de TI. Hoje todo mundo sabe usar Windows, mas poucos conhecem Linux ou Solaris… mas este não é o foco deste post!
O que importa é: até onde a MS está correta em não oferecer desconto para quem comprou o Windows Vista? A resposta vai depender da argumentação e do ponto de vista. Se o Windows Vista foi um tipo de protótipo para testar as tecnologias e preparar o mercado para o Windows 7 quem comprou o Vista deveria ganhar o Windows 7. Se o Windows 7 veio para melhorar a usabilidade e aumentar a segurança do seu computador, que se conceda um desconto. Mas se o Windows 7 é revolucionário e se dentro de alguns meses ninguém mais vai conseguir usar qualquer outra verão do Windows… bom… isso não vai acontecer portanto não preciso mais comentar.

16 de outubro de 2009

Atualize seu navegador

Eu estava fuçando a internet hoje atrás de um novo liquidificador. E como em quaquer pesquisa na internet nós podemos achar alguma coisa que nos interessa e tudo o que não nos interessa. Apesar de procurar o eletrodoméstico da linha branca (e aproveitar a isenção do IPI) eu também acabei encontrando, sabe-se lá papai do céu como, um site que acabou virando motivo de postagem do blogueiro aqui.
Trata-se do site do movimento Atualize seu browser. É um movimento de um grupo de pessoas que estão preocupadas com a segurança do tráfego de dados pela internet. Não só segurança também. A evolução das tecnologias web dependem dos navegadores atuais, com suporte a tecnologias de programação novas. Isso pode diminuir o tempo e o custo com o desenvolvimento de um site, que não precisaria ser adaptado para navegadores antigos caso os usuários usassem sempre versões atuais dos navegadores.
Basta olhar os númeors para se ter uma idéia de quanto o cenário é complicado. Em setembro desse ano, pelo menos 12% dos computadores ainda tinham o Internet Explorer 6 em uso. O IE6 foi liberado em 2001! E o Internet Explorer é um navegador gratuito, basta baixar e instalar…
Tudo bem que o Internet Explorer 8 (a versão mais atual) somente roda em Windows XP, Vista ou 7 e que o sistema deve ser atestado como original para funcionar. Mas usar o Windows 2000 ou inferiores também expõe seu computador a falhas de segurança que não serão corrigidas porque o suporte a esses sistemas ja foi encerrado.
Uma das alternativas ao Internet Explorer é o Mozilla Firefox. Ele é tão fácil de usar quanto o IE e tem vários complementos disponíveis para aumentar as suas funcionalidades e também é gratuito.
Outros navegadores também podem ser usados como o Apple Safari, o Google Chrome e o Opera. O importante é sempre ter a versão mais atual do seu navegador web para se proteger e ter acesso às novas funcionalidades que a Internet pode trazer!